segunda-feira, 10 de novembro de 2008

"O homem é uma incógnita para se próprio

Todos sabemos que somos da classe dos mamíferos, da ordem dos primatas, da família dos hominídeos, do género homo, da espécie sapiens, que o nosso corpo é uma máquina com trinta biliões de células, controlada e procriada por um sistema genético que se constitui no decurso de uma longa evolução de 2 a 3 biliões de anos, que o cérebro com que nós pensamos, a boca com que falamos, a não com que escrevemos são órgãos biológicos, mas este conhecimento é tão inoperante como o que nos informa que o nosso organismo é constituído por combinações de carbono, de hidrogénio, de oxigénio e de azoto."
Morin, Edgar (s/d) O Paradigma Perdido, pág.15,
Mem Martins: Publicações Europa_América
Formação do indivíduo
O homem surge-nos simultaneamente demasiado simples e complexo.
No primeiro caso, quando empreendemos observações imediatas desprovidas de meticulosidade; no segundo caso, quando consideramos cientificamente o Homem pressupõe uma enorme riqueza de relações de toda a ordem, como os outros, com o meio ambiente, com a cultura de que faz parte, isto é, depende de inter-relações.
O Homem não é uma entidade isolada em relação à totalidade complexa da vida: é uma unidade autónoma e também um sistema aberto biológico, social, cultural.
O Homem é portanto um conjunto de acontecimentos, foi assim necessária uma série múltiplos eventos, para que a humanidade pudesse estabelecer-se como um caso diferencial no reino animal. Reconhecemos diariamente comportamentos, vivemos e convivemos com eles, formando expectativas que nos garantem compreensão sobre o que nos cerca. Muitas questões se afiguram à nossa mente, tal como, Quais são as raízes biológicas dos nossos comportamentos?
Para responder a esta questão deparamo-nos com o tema Genética.
Esta, a ciência da hereditariedade, é o cerne das ciências biológicas, pois o material genético dá origem aos organismos com as suas potencialidades e/ou limitações biológicas, enquanto o meio interage com os genes para dar ao organismo as suas características distintas: anatomia, bioquímica, fisiológicas e de comportamento.
Todos os organismos vivos, desde a mais simples bactéria até ao ser humano, evidenciam uniformidade a nível dos seus constituintes e da sua estrutura básica. Têm os mesmos componentes químicos e celulares, mostrando as mesmas vias metabólicas e o mesmo processo básico quando se trata de Transmissão de Características Hereditárias.
Desde há séculos que o homem detecta a sucessão das gerações. A hereditariedade impõe-se pela vivencia imediata que todos nós temos. Muitas teorias foram surgindo para explicar como se transmitem as características hereditárias, algumas com pouco rigor, quando se pensou que as características estavam no sangue e que depois passavam para o ovo. Essas ideias são traduzidas na linguagem do senso comum, é vulgar dizer-se: ”Está-lhe no sangue”; “É de famílias de sangue azul”, “são mesmo irmãos de sangue” (…)
A hereditariedade é um processo biológico que se caracteriza pela transmissão de informações genéticas de geração em geração.
A informação genética encontra-se inscrita no ADN, é transmitida ao longo de gerações do processo de reprodução, quer a nível das suas células. Os progenitores transmitem a informação biológica e os descendentes herdam-na.
A hereditariedade proporciona o potencial das características de pessoas mas não determina definitivamente o produto final. Este depende, em grande parte, do grau de estimulação fornecido pelo meio ambiente, intra e extra-uterino, em interacção com o potencial genético. A informação contida no genótipo e a informação proporcionada pelo meio envolvente combinam-se e interagem para determina o curso do desenvolvimento comportamental.

Questionário

Pela disciplina de Área de Projecto decidimos escolher o tema genética. Para exposição do tema temos as opções: Palestra fora do tempo escolar obrigatório ou uma exposição guiada pelos elementos de grupo/ exposição na entrada. Deixem a opinião em comentários aqui no blog.




Para todas as características estudadas, Mendel verificou que:
existia uma uniformidade nos híbridos da primeira geração, manifestando-se apenas o carácter de
um dos progenitores;na geração F2, ambas as variantes surgiam na descendência numa proporção de 3 para 1.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Contributo de Mendel



Mendel filho de pais agricultores e com poucos recursos económicos, foi obrigado a pôr de lado os estudos e assim ingressou num mosiro , onde reconheceram o seu talento, permitindo que estudasse em Viena, Ciências e Matemática. De regresso ao Mosteiro foi professor de Ciências ao mesmo tempo que ficou encarregado de supervisão dos jardins do mosteiro. Mendel trabalhou com várias plantas eativum,Teve um método essencial, porque observou poucas características mas fez cruzamentos em grande quantidade o que lhe permitiu fazer um cruzamento estatístico.

Mutações




O fenótipo dos indivíduos resulta de interacções estabelecidas entre o genoma e factores ambientais. Às vezes, estes factores ambientais actuam sobre o DNA de forma irreversível, ou seja, em circunstâncias diversas, o genoma dos indivíduos experimenta alterações designadas por mutações, que podem ocorrer de forma frequente, espontaneamente ou como resultado da acção de agentes internos ou externos ao organismo. As mutações podem ser genicas ou cromossómicas.
As mutações genicas ocorrem quando se verifica uma alteração pontual ao nível dos nucleótidos de um gene, havendo portanto um alelo desse gene que sofreu mutação, ou seja, uma nova versão deste gene. As modificações que ocorrem ao nível dos gene devem-se, muitas vezes, à substituição de um nucleótido por outro diferente. Outros casos há em que a molécula de DNA ganha ou perde um nucleótido. A inserção ou deleção de um simples nucleótido altera completamente a mensagem, pois irá se repercurtir em todos os codões existentes a partir do codão alterado. Os efeitos das mutações são completamente imprevisíveis. Em alguns casos, demonstram-se benéficas, noutros casos surgem de maneira prejudicial, podendo até levar à morte do individuo. As mutações podem também ter um efeito neutro, porque a aleração que produzem não afecta o funcionamento normal do gene, isto pode acontecer devido à redundância do código genético, ou então o novo aminoácido pode ter propriedades similares às do aminoácido substituído em que a substituição ocorra numa zona da proteína não determinante para a sua função. As mutações podem então ocorrer em células da linha germinativa ou em células somáticas. Uma mutação somática pode originar um conjunto ou um clone de células idênticas entre si, facilmente distinguíveis das restantes células. Neste caso, a mutação pode afectar a vida dos indivíduos, mas não a sua descendência, pois não estando presente nas células sexuais não se transmite. Só se transmitira em casos de reprodução assexuada, ou seja, casos em que apenas um individuo é necessário à reprodução.
As mutações cromossómicas ocorrem quando as mutações afectam porções maiores, como cromossomas completos ou mesmo conjunto de cromossomas. Estes mutações aparecem frequentemente nas divisões celulares, na meiose e na mitose.


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Bases Da Genética

Capítulo 01. As Bases da Genética
Nas células diplóides, com quantidade 2n de cromossomos, estes existem aos pares, isto é, há sempre dois cromossomos de mesmo tamanho, mesma forma e mesma classificação quanto à posição dos centrômeros. São chamados cromos- somos homólogos.
Cada segmento do cromossomo capaz de determinar a produção de uma proteína e, portanto, capaz de controlar uma característica morfológica ou funcional do indivíduo é conhecido por gene. Atualmente corresponde a um segmento de DNA que transcreve um RNA mensageiro. Assim sendo, podemos definir geneticamente um cromossomo como uma seqüência linear de genes. O local ocupado pelo gene no cromossomo é o locus gênico. O plural de locus é loci.
Quando um gene está localizado em um dos cromossomos autossômicos, ele é chamado autossômico.
5. Alelos
Em um mesmo par de cromossomos homólogos, os genes localizados em posições correspondentes são alelos ou alelomorfos, e atuam sempre sobre o mesmo caráter. Por exemplo: se em uma espécie animal um determinado alelo determina a cor dos olhos, o outro alelo do mesmo par também atua sobre a cor dos olhos.
Alelos diferentes surgem uns dos outros graças à ocorrência de mutações gênicas, pequenas alterações na seqüência de bases nitrogenadas de suas moléculas de DNA. Dessa forma, existem diversas formas alternativas de ocupação de um mesmo locus.
Eventualmente, um alelo pode impedir a manifestação de um ou mais de seus alelos. O alelo capaz de impedir a manifestação dos demais é conhecido por dominante; os que têm seu efeito bloqueado por um alelo dominante é chamado recessivo.
6. Genótipo
É a representação do patrimônio hereditário ou genético de um indivíduo. Quando um indivíduo possui dois alelos iguais, ele é chamado homo- zigoto ou puro. Se, em certo locus gênico, os alelos são diferentes, o indivíduo é heterozigoto.
Ainda sobre os homozigotos, quando o indivíduo tem dois alelos dominantes ele é homozigoto dominante; se ambos os alelos forem recessivos, ele é homozigoto recessivo.
Para facilitar a representação do genótipo de um indivíduo, geralmente se empregam letras para indicar os alelos. Habitualmente, usa-se para representar um determinado gene a letra inicial do aspecto recessivo.
Vejamos um exemplo: em uma espécie vegetal, existem dois alelos que controlam a cor das flores. O alelo dominante determina o surgimento de flores vermelhas, enquanto o alelo recessivo determina flores brancas. Como flor branca é o aspecto recessivo, vamos escolher, para representar esse par de alelos, a letra b.
O alelo dominante, que determina flores vermelhas, é indicado pela letra maiúscula B; o alelo recessivo, pela letra minúscula b.
Os genótipos possíveis poderiam ser assim representados:
BB – homozigoto dominante (flores vermelhas)
Bb – heterozigoto (flores vermelhas)
bb – homozigoto recessivo (flores brancas)
Outra forma de se distinguir o alelo dominante do recessivo é representá-lo por uma letra seguida do sinal +. Usando o mesmo exemplo de cor das flores, o alelo dominante seria designado por b+, e o alelo recessivo por b.
As regras de representação de alelos, embora geralmente usadas, não são obrigatórias. Apesar disso, é sempre conveniente que se faça uma legenda, indicando os símbolos que estão sendo empregados para se representar os pares de alelos.
A forma de manifestação de um aspecto depende da interação entre fatores genéticos e influências ambientais. Algumas características sofrem mais influência ambiental, outras menos ou nenhuma influência. Podemos representar essa interação da seguinte forma: